Crenças culturais que atrapalham a prática da livre demanda
Crenças culturais que atrapalham a compreensão e a prática da livre demanda e a importância do trato respeitoso com o bebê fora do útero.
Crenças culturais que atrapalham a compreensão e a prática da livre demanda e a importância do trato respeitoso com o bebê fora do útero.
Livre demanda não é modinha. Nem é coisa que as chatas da amamentação inventaram e repetem apenas para torturar as mães. Livre demanda é um conceito até bastante óbvio do ponto de vista fisiológico.
Primeiro de tudo, vamos relembrar o nome dessa fase “Alimentação Complementar”, ou seja, se nós refletirmos sobre esse título, lembramos que os alimentos vão complementar o leite que o bebê recebia exclusivamente até agora, eles não vão substituir o leite!
É comum escutarmos histórias de mulheres dizendo que seu leite secou porque passaram uma raiva ou tiveram um susto. Mas será verdade? Entenda como o estresse pode afetar o mecanismo da lactação.
Para que essa regulação ocorra de modo adequado, o estabelecimento de horários rígidos para as mamadas, uso de chupeta, treinamentos de sono para supressão das mamadas noturnas, etc., não são recomendados, porque eles enviam uma mensagem incorreta ao organismo da mãe, causando a redução da sua produção total diária de leite e, deixando-a aquém das necessidades do bebê.
A livre demanda é a forma mais adequada de garantir uma boa produção de leite para a mãe, e para o bebê, de aprender sobre autorregulação e saciedade. Ma será que a livre demanda precisa durar para sempre?
Pra começo de conversa, não precisamos produzir muito leite, basta produzir o suficiente.
Amamentar é uma questão de fé. Porque nem sempre o leite que produzimos será visível. É preciso crer, mesmo sem ver, no mecanismo da amamentação, na sua fisiologia perfeita que nos acompanha desde o surgimento da humanidade e que nos trouxe até aqui.
Choro é sinal tardio de fome. Ou seja, que esperar o bebê estar chorando para só então alimentá-lo aumenta o nervosismo, tornando a mamada mais difícil.
A capacidade de armazenamento dos seios é literalmente o que o nome diz: a quantidade de leite que seus seios são fisicamente capazes de suportar. Os seios de algumas mulheres podem armazenar muito leite e outros apenas um volume menor. O interessante é que você não pode dizer só de olhar – seios grandes não necessariamente armazenam mais leite do que os pequenos. Sua capacidade de armazenamento é determinada por quantas glândulas e ductos existem no seio e quão grandes estes são; e seios maiores tipicamente contêm mais tecido adiposo em vez de mais tecido glandular.