Como ser mãe sem pirar na era da informação?
Maneiras de conciliar a super oferta de informação e canalizá-la para o bem sem perder a sanidade mental.
Maneiras de conciliar a super oferta de informação e canalizá-la para o bem sem perder a sanidade mental.
No contexto cultural de inegável inversão de valores, respeitar o natural da nossa espécie pode ser um desafio e tanto.
Os pais, em geral, não estão preparados para lidar com o choro do bebê. O que pode desencadear uma série de interferências externas, que podem incluir a medicalização desnecessária da infância e provocar a fragilização do vínculo.
A vida é repleta de imprevistos. E quanto mais vidas estiverem sob o nosso cuidado, mais imprevisibilidade haverá. E mais exaustão. E mais necessidade de abrir mão de determinadas coisas por um certo tempo.
Para refletir qual local o bebê e os pais dormem melhor, pergunte-se: onde o bebê dorme melhor? Com os pais na cama, no berço em outro quarto, num berço no mesmo quarto, porém distante da cama dos pais, no berço no mesmo quarto junto à cama (como em um co-sleeper)? E onde você dorme melhor? Finalmente, onde você gostaria que seu bebê dormisse?
Ter uma doula por perto é uma das poucas coisas na vida que não tem contras, só prós.
A recomendação médica de complementação com leite artificial deveria ser para a amamentação como a de cesárea para a via de nascimento. Ou seja, a última opção, escolhida com o intuito de preservar a vida em casos de risco real e iminente. Mas os altos índices de cesárea e a baixa média de aleitamento materno exclusivo no país, bem distantes dos números recomendados pela Organização Mundial de Saúde, nos mostram que na prática não é bem assim.
Pensando sobre o sono infantil desde a perspectiva da amamentação, é interessante notar que importantes processos e aquisições do sono ocorrem durante o período de amamentação que até recentemente respeitava a grande maioria das culturas ao longo da história (2 a 3 anos). E que a maturação do sono infantil equiparando-se ao do adulto culmina dentro do período estimado de duração normal da amamentação* na espécie humana, ao redor dos 5 – 6 anos.
Nenhuma mãe deveria ser abandonada à própria sorte para criar seu filho. Mas já não vivemos em tribos e as estruturas familiares estão cada vez mais enxutas e fragilizadas.
Os 270 dias da gestação, mais 365 do primeiro e 365 do segundo ano de vida totalizam 1000 dias. E é nesse período que ocorrem as principais evoluções, modificações e adaptações que o ser humano necessita vivenciar para se adequar ao mundo, tanto física quanto emocional e cognitivamente.