O desmame é a solução para aliviar o cansaço materno?
Nossa cultura enche a amamentação de estigma. Ela é a grande culpada de todo o cansaço materno. E o desmame, a solução de todos os problemas da mãe.
Nossa cultura enche a amamentação de estigma. Ela é a grande culpada de todo o cansaço materno. E o desmame, a solução de todos os problemas da mãe.
A pergunta que 9 entre 10 pais de bebês devem se fazer todos os dias. Mas ninguém dorme a toda li-te-ral-men-te. Vem ler e entender o porquê.
O puerpério é um período de grandes transformações. Em que precisamos nos reencontrar com um novo eu. Mas também o momento oportuno para começar a tecer um vínculo forte com o nosso bebê.
Maneiras de conciliar a super oferta de informação e canalizá-la para o bem sem perder a sanidade mental.
A vida é repleta de imprevistos. E quanto mais vidas estiverem sob o nosso cuidado, mais imprevisibilidade haverá. E mais exaustão. E mais necessidade de abrir mão de determinadas coisas por um certo tempo.
A recomendação médica de complementação com leite artificial deveria ser para a amamentação como a de cesárea para a via de nascimento. Ou seja, a última opção, escolhida com o intuito de preservar a vida em casos de risco real e iminente. Mas os altos índices de cesárea e a baixa média de aleitamento materno exclusivo no país, bem distantes dos números recomendados pela Organização Mundial de Saúde, nos mostram que na prática não é bem assim.
Nenhuma mãe deveria ser abandonada à própria sorte para criar seu filho. Mas já não vivemos em tribos e as estruturas familiares estão cada vez mais enxutas e fragilizadas.
Por mais bem informadas e embasadas que estejamos, por mais que nosso entorno nos proporcione um contexto de tribo e nos permita um aprendizado prévio por observação, por mais que não sejamos mães de primeira viagem. Ainda assim será impossível evitar todos os percalços, quedas, sustos, dores e derrotas do caminho.
Às vezes vale a pena parar para refletir sobre nossas próprias crenças e conceitos sobre o amor.
É impressionante como a nossa cultura insiste em colocar a felicidade materna e a demanda do bebê em lados opostos. E é lamentável que acreditemos neste discurso ao ponto de achar que jamais seremos felizes se tivermos que atender uma criança como ela precisa, respeitando e acolhendo as necessidades de cada fase.