Se eu pudesse voltar no tempo
O que eu diria a mim mesma, grávida, com tão pouca informação e, no entanto, com tantos sonhos e expectativas em relação à maternidade?
O que eu diria a mim mesma, grávida, com tão pouca informação e, no entanto, com tantos sonhos e expectativas em relação à maternidade?
Você já parou um instante para pensar sobre o fantástico significado de estar nos seus braços para o seu bebê?
Esqueça regras, métodos, siglas, nomes complicados, tabelas, números, expectativas dos outros, a vida dos outros. Olhe pro seu filho, olhe pra si mesma, pondere com a informação que tiver disponível, pese tudo na balança e só então decida o seu caminho.
Ser mãe é um baita trabalho. Demanda dedicação praticamente exclusiva, ao mesmo tempo em que precisamos conciliá-la com outras responsabilidade laborais e tarefas dentro e fora de casa, demanda constantes atualizações e especializações. E não raras vezes parece que o que entregamos é sempre muito mais do que o retorno obtido, o que pode nos levar a questionar as vantagens deste trabalho tão demandante.
É moleza ser a mãe perfeita com vento a favor. Aceitar ser a mãe imperfeita numa realidade bem diferente da que idealizamos é outra história.
A maternidade é uma missão cujos resultados transcendem a nossa própria existência. Que tipo de mensagem estou escrevendo para a posteridade?
Cada geração de mães fez o melhor que podia com a informação que tinha disponível em sua época. O fato de que hoje tenhamos acesso praticamente ilimitado a todo tipo de informação e evidências científicas não nos faz melhores que a geração que nos precedeu, mas certamente aumenta a nossa responsabilidade por fazer escolhas conscientes.
Enquanto respiro fundo e me preparo para talvez mais uma noite sem dormir, eu penso nesse amor de mãe que me precedeu, que presenciei e que me acolheu e que agora eu posso dar aos meus filhos. Sempre serei sua mãe e os amarei até o fim, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza. Porque mãe nunca deixa de ser.