Estar apegado e ser dependente são coisas diferentes
O termo dependência resulta de uma ideia pejorativa e vem sendo usada de forma errada para expressar o comportamento de APEGO.
O termo dependência resulta de uma ideia pejorativa e vem sendo usada de forma errada para expressar o comportamento de APEGO.
Ou, em outra palavras, razões de sobra para manter a amamentação no tempo, de forma continuada ou \”prolongada\”.
Um estudo usando imagens do cérebro feitas por máquinas de ressonância magnética \”silenciosas\” se soma ao crescente corpo de evidências de que a amamentação melhora o desenvolvimento do cérebro em bebês. A amamentação exclusiva produziu melhor desenvolvimento cerebral do que uma combinação de amamentação e fórmula, que produziu melhor desenvolvimento do que a fórmula exclusiva.
A cólica do bebê nada mais é do que o processo natural de maturação gastrintestinal, não adianta entupir de medicamentos. A capacidade gástrica aumenta consideravelmente nos primeiros meses. Com 3 dias de vida cabem cerca de 27 ml e com 30 dias cabem cerca de 150 ml! Imagina essa distensão sendo indolor?
Não existe a pega perfeita. Existe a pega que funciona, onde a boca única do bebê se acopla ao seio único de sua mãe e a amamentação pode fluir sem dores para a mãe e com um bebê que fica relaxado depois da mamada e ganha peso corretamente.
Dentre todos os períodos de \”crise\” no desenvolvimento infantil, esta fase de mudanças e adequação na produção de leite da mãe, que em geral ocorre entre o 2° e o 4° mês é uma das que merece maior atenção.
Este relato foi escrito e originalmente publicado em 18 de dezembro de 2015. Os gêmeos estavam com 6 meses e meio. O aleitamento materno exclusivo se estendeu até o início do 7° mês, quando começamos a introdução alimentar pela idade corrigida. Na foto, amamentando os gêmeos na rede a dois dias de completarem os 5 meses. Hoje eles estão com 4 anos e 7 meses e na fase final de um desmame natural.
Decidir amamentar na cultura do desmame exige muita determinação. É bem provável que enfrentemos desde o início inúmeros obstáculos pela assistência profissional inadequada e pressão da família pela falta de conhecimento sobre o tema e os muitos mitos que imperam na nossa cultura.
Para que essa regulação ocorra de modo adequado, o estabelecimento de horários rígidos para as mamadas, uso de chupeta, treinamentos de sono para supressão das mamadas noturnas, etc., não são recomendados, porque eles enviam uma mensagem incorreta ao organismo da mãe, causando a redução da sua produção total diária de leite e, deixando-a aquém das necessidades do bebê.
A livre demanda é a forma mais adequada de garantir uma boa produção de leite para a mãe, e para o bebê, de aprender sobre autorregulação e saciedade. Ma será que a livre demanda precisa durar para sempre?