Pós-parto e a aceitação do novo eu

Pós-parto e a aceitação do novo eu

Quando precisamos nos reencontrar num outro corpo no pós-parto, o que pode ajudar?

Ter respeito pelo trabalho incrível que ele realizou durante a gravidez, e continua realizando com o bebê aqui fora. Respeito pelo tempo necessário para que volte a ser o que era após tantas transformações. Ter respeito pela genética que o conforma. Respeito pelo que ele representa e que não tem a ver com os números na balança ou impressos na etiqueta das roupas. Acaso alguns quilos ou marcas a mais são razões para acreditar que ele é inferior, que merece ser motivo de vergonha ou desprezo? De forma alguma.

Abrace o seu corpo, abrace essa nova fase. Enxugue as lágrimas para ver com mais clareza. Se permita um período de introspecção para processar melhor as mudanças. Não se negue ao prazer por causa de uma leitura incorreta do seu reflexo no espelho (ou melhor, esqueça-o!). E quando digo prazer, não me refiro apenas ao prazer sexual (embora ele seja importante), mas ao prazer de ser você mesma, de embalar e amar o seu bebê, de desfrutar de uma refeição sem culpa, de curtir as pequenas e boas coisas da vida.

Você é mãe. Uma nova identidade está sendo construída. A vida nunca mais será como antes e nem por isso será uma versão pior do que era. Ela pode chegar a ser uma versão fantástica.

Quando sentir que é o momento, tiver vontade, tempo e condições de se exercitar e estar em movimento, faça-o pelo seu bem-estar e saúde, para ser uma versão melhorada de si mesma. E não para perseguir algum ideal insano de beleza vendido pelas celebridades ou influencers do mundo fitness. Não se torture, não se compare, nem se boicote. A verdadeira beleza está em se aceitar e se amar pelo que se é aqui e agora, sem impor condições. Não se envergonhe da sua nudez, das suas marcas, das suas curvas.

Da próxima vez que se olhar no espelho, enxergue o quanto: Você é bela. É sexy. O quanto você é forte. Você é amada. É fonte de vida. O quanto você é real. É essência. Você é o que crê. É o que decidir ser.

[Leia também: Como fica o sexo depois da maternidade? e Verdadeiros Problemas da Recém-Mãe]


Texto: Gabrielle Gimenez @gabicbs

Texto publicado originalmente na minha conta de Instagram em 7 de novembro de 2018.

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