Amamentar é entrega.
É se doar por completo, abrir mão, priorizar, enquanto se provê alimento ao corpo e à alma do pequeno ser que agora se tem nos braços.
Amamentar é vínculo.
É se conectar consigo e com a nova vida que se desprende para se tornar diferente de você, mas totalmente dependente dos seus cuidados. Estar em sintonia com outras mulheres que escolheram trilhar o mesmo caminho.
Amamentar é conhecimento.
É buscar o equilíbrio entre teoria e prática, porque apesar de ser um evento fisiológico, para muitas não será algo que fluirá naturalmente. O saber bem embasado nos sustentará quando o emocional fraquejar, nos mostrará o caminho a seguir.
Amamentar é confiança.
É se apegar ao poder de gerar, gestar, parir e nutrir que da mulher emana. É descansar no mecanismo perfeito que estabelece produção mediante estímulo do alimento mais completo que jamais poderá ser imitado.
Amamentar é resistência.
É fazer ouvido surdo às críticas, ao preconceito, aos pitacos sem fundamento, à pressão do sistema e da indústria do desmame.
Amamentar é superação.
É aprender dos próprios erros, é abraçar novas oportunidades. É vencer a dor e o cansaço para então experimentar o aconchego e o prazer. É prometer aguentar só mais um dia. E repetir esta promessa a cada novo amanhecer.
Amamentar é recompensa.
É investir a curto, médio e longo prazos em saúde e em relacionamento. É a certeza de que todo o esforço valerá a pena, pois os benefícios são ilimitados, tanto para quem dá quanto para quem recebe.
Texto de Gabrielle Gimenez @gabicbs
[Na foto, amamentando os gêmeos quando estavam com 9 meses de idade. Hoje aos 4 anos e 5 meses, estamos às vésperas de um desmame natural.]
Texto publicado originalmente nas minhas contas de Facebook e Instagram em 24 de outubro de 2017 e incluído no meu livro “Leite Fraco? – Guia prático para uma amamentação sem mitos”.