No amor pode haver exaustão
A vida é repleta de imprevistos. E quanto mais vidas estiverem sob o nosso cuidado, mais imprevisibilidade haverá. E mais exaustão. E mais necessidade de abrir mão de determinadas coisas por um certo tempo.
A vida é repleta de imprevistos. E quanto mais vidas estiverem sob o nosso cuidado, mais imprevisibilidade haverá. E mais exaustão. E mais necessidade de abrir mão de determinadas coisas por um certo tempo.
Por mais bem informadas e embasadas que estejamos, por mais que nosso entorno nos proporcione um contexto de tribo e nos permita um aprendizado prévio por observação, por mais que não sejamos mães de primeira viagem. Ainda assim será impossível evitar todos os percalços, quedas, sustos, dores e derrotas do caminho.
É impressionante como a nossa cultura insiste em colocar a felicidade materna e a demanda do bebê em lados opostos. E é lamentável que acreditemos neste discurso ao ponto de achar que jamais seremos felizes se tivermos que atender uma criança como ela precisa, respeitando e acolhendo as necessidades de cada fase.
Viver entre a falácia de ser a pior mãe do mundo e o delírio de querer ser a melhor para obter a aprovação dos demais, nos leva por caminhos perigosos e que podem nos afastar da essência do que a maternidade é. Ou pelo menos deveria ser.
O mundo seria um lugar diferente se as mães fossem livres para escolher e viver o melhor para elas e seus bebês.
Esqueça regras, métodos, siglas, nomes complicados, tabelas, números, expectativas dos outros, a vida dos outros. Olhe pro seu filho, olhe pra si mesma, pondere com a informação que tiver disponível, pese tudo na balança e só então decida o seu caminho.
A maternidade cansa, mas pode ser leve. E não existe contradição nisso. O que a faz ser um peso é tentar se encaixar no padrão alheio.